Educação avalia a flexibilização do uso de máscara dentro das escolas
Um comitê científico formado por técnicos, deve definir na primeira quinzena de março a continuidade do uso das máscaras por alunos e profissionais da educação. A avaliação será baseada no comportamento do vírus.
Segundo a Secretaria da Educação, a definição sobre a liberação deve ser apresentada pelo comitê, após o carnaval, considerando as festas e o feriado prolongado que lotou praias com aglomerações.
De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), alguns países apresentaram números positivos com a taxa de vacinação da população acima de 80% e queda de casos. Destes países, o Reino Unido flexibilizou o uso da máscara.
O governo de São Paulo justifica seguir a tendência de outros países, por levar uma campanha que, após a diminuição de casos, afirma ter alcançado a meta no esquema vacinal de todos que frequentam as escolas, estudantes e funcionários.
Durante coletiva de imprensa, no final de fevereiro, o comitê disse que a liberação para toda a população será estudada, por enquanto a obrigatoriedade das máscaras será mantida em todos os ambientes até dia 31 de março no estado.
Segundo especialistas é muito cedo para retirar a máscara com a circulação da Ômicron, altamente contagiosa, afirmam que é um risco se há uma baixa imunização das crianças, apenas 78% tomaram a primeira dose e 17% a segunda.
Na avaliação do comitê, apesar dos indicadores apontarem tendência de queda nos casos e mortes de Covid-19 decorrentes da transmissão da ômicron, é cedo para anunciar mudanças, ainda com os números baixos do esquema vacinal infantil.
A gestão estadual da educação monitora o impacto do pós-carnaval nos indicadores de saúde para balizar a decisão, mesmo com as festas de blocos de rua e desfiles, impedidas.
Seu Antenor, pai de aluno do ensino médio, avalia que ainda é cedo ṕara o filho deixar de usar máscara na escola, bem como no seu trabalho ainda não foi liberado, por conta de uma colega ficar entubada, mesmo após vacinada. “Estou me protegendo e protegendo as pessoas que andam ao meu lado”, conta.
Os casos de covid em São Paulo ainda causam insegurança para a saúde e boa parte da população. Para especialistas, o uso da máscara é uma das principais medidas, além da vacinação, para conter o avanço do Ômicron.
No final de fevereiro, o estado de São Paulo registrou, pela primeira vez em 2022, uma semana com menos mortes por Covid-19 do que a anterior. Antes disso, os dados registraram altas consecutivas, maiores que dos outros anos, no mesmo mês de janeiro deste ano, superior a toda previsão, que teve aumento de 115%, seguido de altas nas semanas seguintes acima de 118%.
Ainda no mês de janeiro, o estado de São Paulo teve problemas com a notificação de casos e mortes por Covid-19 após o apagão do Ministério da Saúde. Por conta disso, alguns registros foram represados e prejudicaram todo o planejamento para a saúde nos estados, profissionais relataram dificuldades para inserir os números.
O estado de São Paulo lançou o decreto do uso obrigatório das máscaras em março de 2020, quando surgiu o primeiro caso de covid no Brasil. Agora, em 2022, dois anos após o decreto, antes do carnaval as máscaras se estenderão até o fim de março.
Gera expectativa para toda comunidade escolar, o anúncio será feito após análises dos indicadores da redução do número de mortes, segundo afirmação de médicos integrantes do Comitê de Saúde.
Fonte: Secretarias Estadual, Municipal da Saúde e Secretaria Municipal da Educação
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Este projeto foi realizado com o apoio da 5ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.
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