SEM DATA PARA O INÍCIO DAS OBRAS NO CÓRREGO RIBEIRÃO, MORADORES DE PERUS JÁ TEMEM PELA CHEGADA DAS CHUVAS DE VERÃO

Sempre que chove o córrego Ribeirão que tem suas margens na rua: Joaquim de Souza, transborda e a água acaba por invadir as casas que ficam em seu entorno.

Apesar da licenciatura para o início das obras ter sido aberta no mês de outubro, as reformas ainda não começaram e os moradores já temem pela chegada das chuvas de verão.

Em uma conversa com a moradora Edna Soares, aposentada,  ela nos contou sobre as manutenções realizadas no Córrego e a preocupação dos moradores

“A Subprefeitura tem sim realizado alguns trabalhos referente a manutenção aqui do Córrego Ribeirão – Perus. Periodicamente percebemos que a vegetação ao redor do córrego é cortada e a baixa desse mato nos dá um pouco de segurança e também melhora o aspecto de um lugar que já é tão degradado pelos dejetos que são jogados e descartados. Uma outra manutenção seria a utilização de equipamentos, uma retroescavadeira, que eu acredito que tenha como objetivo o desassoreamento do Córrego. Porém com relação a esta manutenção a impressão que dá é que não tem surgido um grande efeito, ou talvez, o efeito esperado. Ontem mesmo com a pouca chuva que caiu no início da noite, nós aqui já ficamos todos apreensivos, pois o volume da água no córrego aumentou rapidamente, deixando todo mundo em estado de atenção. Então é assim, é um serviço que a gente vê a máquina aqui no local, mas não sei, a impressão que dá é que realmente não tem surtido esse efeito de fazer com que a vazão do rio seja mais efetiva”

Edna também nos disse  sobre a sensação de impotência dos moradores e acredita que em momentos de chuva nem a Subprefeitura consegue fazer muita coisa para auxiliar

“É uma situação total de impotência, tanto dos moradores, quanto da Subprefeitura. Eu diria assim que há muito pouco o que fazer, pois com o transbordo do córrego as ruas se enchem de água, acontece o retorno através das bocas de lobo e as nossas casas também enchem de água. Algumas vezes o que a gente vê é a ação da defesa civil bloqueando as ruas para que não ocorra a passagem de carros, mas no meu caso eu moro na João Batista Fanton, onde acontece as passagens de ônibus e por esse motivo os motoristas não respeitam muito a situação. Quando eles veem que há uma chance de cruzar a rua mesmo com ela cheia de água,  eles aceleram e causam um deslocamento grande de água, que acaba por bater nos portões das casas e danificando e já chegaram, inclusive, a derrubar muros, causando prejuízos, desabamento de casas e outras coisas mais”

Em contato com a Subprefeitura , foi questionado sobre o início das obras no Córrego e o valor da licitação, em resposta foi nos informado que como se trata de um contrato privado não é possível responder às questões. Mas o chefe de gabinete, João Bezerra, nos falou sobre as medidas que a Subprefeitura vem tomando para auxiliar nas enchentes da região

“A Subprefeitura vem ao longo dessa última gestão procurando otimizar e aumentar os recursos disponíveis para a limpeza manual de córregos, o próprio desassoreamento mecanizado, procurando sempre novos contratos e formas de aumentar o escopo das atividades desenvolvidas. Paralelo também vem procurando desenvolver a conscientização junto à população”

Ele também comentou sobre sobre a cobrança junto às Secretarias, para a construção dos piscinões

“A Subprefeitura vem cobrando também junto a Secretarias responsáveis pela infraestrutura dos municípios, o desenvolvimento e execução dos projetos dos piscinões para que resolva de forma definitiva o problema das enchentes na região”.

Ao final da nossa entrevista com a Edna, ela fez um desabafo e nos revelou sobre o seu desejo de ver finalmente as obras acontecendo no Córrego

“Veja bem, principalmente nos meses de festas e férias vamos continuar apreensivos, apavorados sempre que começar a chover forte. Nos sentimos presos dentro das nossas casas, pois temos medo de sair e quando chegarmos encontrarmos as nossas casas alagadas, como já aconteceu comigo.Então assim no fundo, no fundo eu gostaria mesmo de ver uma obra em andamento, pois assim a gente conseguiria ver um futuro melhor”

REPORTAGEM DE PATRICIA CANUTO

Este projeto foi realizado com o apoio da 5a Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.