Pais de primeira viagem enfrentam desafios para conciliar criação dos filhos e trabalho 

 Pressão financeira e falta de suporte público afetam qualidade de vida das famílias. 

Criar um filho em uma metrópole como São Paulo é uma tarefa desafiadora, especialmente para pais de primeira viagem. Na Zona Norte da cidade, esses desafios tornam-se ainda mais intensos devido à combinação de demandas profissionais e alto custo de vida. 

A pressão financeira é o que mais pesa sobre os lares. O aluguel na Vila Maria, por exemplo, subiu cerca de 24% no último ano, segundo dados do setor imobiliário. Isso agrava a situação de famílias que já lidam com orçamentos apertados. Além disso, a falta de infraestrutura adequada para apoiar a paternidade aumenta o estresse entre os pais. 

Fernando Lucena (44), compara as dificuldades de ser pai solo com as dificuldades de ser mãe solo. “O filho precisa de uma estrutura familiar, ter referências femininas e masculinas. As duas coisas fazem a junção de uma boa educação, orientação e uma introdução do filho à sociedade”, comentou. 

Segundo Fernando, que criou se único filho de 19 anos, ele acredita que a paternidade solo é prejudicial para a estrutura familiar. “Eu acredito que a paternidade solo é muito prejudicial para a estrutura familiar e para o crescimento social”, afirmou. 

Fernando comenta os desafios que enfrentou na criação de seu filho, destacando a dificuldade de conciliar a vida profissional, educação e custos de vida. “Os desafios de ser pai solo é trabalhar fora. Você tem que sustentar sua família, tem que colocar comida dentro de casa, tem que pagar aluguel, ou até mesmo conseguir pagar uma escola um pouco melhor”. 

Fernando Lucena relata a precariedade das escolas públicas em São Paulo e enfatiza a preocupação que muitos pais solo tem com a qualidade do ensino básico. “A gente sabe que as escolas públicas tem uma desafazem muito grande e o nível de aprendizagem é muito baixo”, relatou. 

Entre os vários desafios que os pais solo enfrentam na criação dos filhos, Fernando ressalta o preconceito social que ainda existe. Diante desse cenário, Fernando afirma que o governo tem o dever de dar um melhor suporte aos pais, através de capacitações dos tutores. 

“O governo tem o dever de dar um suporte para os pais, assim como condições para que eles possam se auto desenvolver como pessoas”, finalizou. 

Por Gabriel Nassif

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