Clima de São Paulo aumenta casos de doenças respiratórias 

Variações bruscas de temperatura e alta umidade favorecem a proliferação de vírus; internações pediátricas crescem no período 

 As transições abruptas entre calor intenso e chuvas, em São Paulo, têm provocado um aumento expressivo nos casos de doenças respiratórias. Esse cenário é impulsionado por fatores climáticos que afetam diretamente o sistema imunológico da população. 

Dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo indicam que as internações por infecções respiratórias crescem significativamente entre o dezembro e janeiro. Segundo o órgão estadual, a variação climática aumenta a vulnerabilidade das vias respiratórias, enquanto a poluição e a presença de fungos e ácaros em ambientes internos agravam os sintomas. 

As mudanças bruscas de temperatura e a alta umidade favorecem a propagação de vírus, como o rinovírus e o vírus sincicial respiratório (VSR), principais agentes causadores de doenças como gripes, resfriados, bronquiolite, rinite e asma. 

A educadora Evelyn Cristine relata o quanto sofre com as mudanças climáticas constantes. “Esse ano foi tem sido desafiador”, afirmou. “Eu e o meu filho mais novo temos asma, meu filho perdeu muitas aulas por conta da asma, eu fiquei de cama por conta disso, não consigo respirar”, comentou. 

Para a farmacêutica Vanessa Rosa, pequenas mudanças na rotina podem fazer grande diferença. “Tanto para adultos, quanto crianças, nesse período, tem que melhorar a alimentação, o consumo de líquidos e o aumento das vitaminas, como vitamina C e D, para ajudar na imunidade”, explicou. 

 Para os pais, o desafio é equilibrar os cuidados com as atividades típicas de fim de ano e férias. Manter uma rotina saudável, com alimentação equilibrada e sono adequado, é essencial para fortalecer as defesas naturais das crianças. Além disso, a vacinação em dia, especialmente contra a gripe, é uma ferramenta eficaz para reduzir os impactos das infecções sazonais. 

Evelyn Cristine explica quais cuidados toma em casa para prevenir que ela e seu filho fiquem doentes. “A prevenção é beber muita água e lavar o nariz pelo menos três vezes ao dia”, concluiu. 

O mês de dezembro e janeiro, embora traga o clima de festas, celebrações e férias, exige atenção redobrada à saúde, principalmente das crianças. Com medidas simples e preventivas, é possível atravessar essa época do ano com mais segurança, minimizando os riscos e garantindo bem-estar para os pequenos. 

 Por Gabriel Nassif 

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