Ato pede redução da taxa de juros e saída do presidente do Banco Central
Movimentos sindicais e sociais afirmam que atual taxa de juros é ruim para o emprego e renda do País
Por Diane Costa
A avenida Paulista foi palco de ato dos movimentos sociais e sindicais no dia 21 de março para pedir redução da taxa Selic e a saída do presidente do Banco Central Campos Neto. De acordo com os organizadores, a intenção do protesto foi mostrar que o atual nível dos juros prejudica a economia e a população.
Belmiro Moreira – secretário de comunicação do sindicato dos Bancários do ABC e da CUT São Paulo explica que a taxa básica de juros, a Selic, é estipulada pelo Banco Central através do Conselho Monetário, que a cada 45 dias se reúnem e avaliam as metas de economia e principalmente as metas de inflação.
“O Brasil tem uma das maiores taxa de juros do mundo. Vários especialistas estão dizendo que é vergonhosa a nossa taxa de juros. E o que isso tem a ver com a gente? Como os trabalhadores e trabalhadoras são afetados com essa taxa de juros? Essa taxa acaba influenciando diretamente nas nossas vidas, no emprego, na saúde, na educação, no crescimento econômico do país. Ao invés dos empresários investirem na produção para gerar emprego, na produção industrial, agrícola, no comércio e serviço, ampliando e gerando emprego, eles acabam utilizando seus recursos financeiros para investir em títulos da dívida pública, na especulação financeira. Ao invés de investir na produção de bens e serviços para o bem do nosso povo, preferem viver no rentismo da especulação financeira”, afirma Belmiro Moreira.
Ele explica que isso impacta diretamente nos recursos arrecadados pelo governo federal que fica limitado nas políticas públicas e sociais, porque os recursos que arrecada acaba tendo que pagar os juros da dívida pública, que são justamente esses títulos que estão ajustados a taxa Selic, e impactam no crédito.
“Outra coisa questão é autonomia, independência do Banco Central. Temos hoje um presidente do Banco Central que não está alinhado à política social do governo eleito, pois este presidente está atendendo apenas interesses do mercado financeiro”, ressalta.
Segundo o dirigente, o presidente do Banco Central não está alinhado à política econômica para gerar empregos com direitos, para investir no social, acabar com a miséria, a fome e com a exclusão social que existe no país.
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