Tragédia destaca necessidade de políticas públicas de combate à violência nas escolas

Professora e ativista da educação Maria Filomena aponta que interior da escola é reflexo da sociedade e aponta alguns caminhos para o combate à violência nas escolas.

A tragédia ocorrida na Escola Estadual Thomazia Montoro, no dia 27 de março, ocasionou a morte da professora Elisabete Tenreiro de 71 anos e cinco feridos. Além de todo impacto na vida das vítimas e comunidade escolar, o ocorrido traz à tona a necessidade do combate à violência nas escolas.

A Professora do Ensino Municipal e ativista da educação Maria Filomena de Freitas Silva ressalta que sempre que ocorre alguma tragédia de violência em escola, vários questionamentos surgem. De acordo com ela, o interior da escola é o reflexo da sociedade.
“Alimenta e alimentará essas tragédias a falta de políticas públicas efetivas de cultura, direitos humanos, esportes, habitação, saúde e transporte público. É necessário termos políticas públicas e o atendimento das necessidades básicas de vida de um cidadão e cidadã. A falta dessas políticas cria uma visão de mundo de exclusão, de individualismo para sobrevivência e levam a uma visão de mundo de desamparo, desilusão, falta de perspectiva de vida, e um total desprezo ao outro e a si mesmo e o desdobramento disso tudo é materializado na escola e suas relações”, afirma Maria Filomena.
Segundo a professora é preciso cuidar da escola e da sua comunidade escolar, olhando para o entorno em seu território com investimentos de impacto social.
“É necessário estabelecer uma rede de proteção social integrando todos equipamentos públicos e instituições de cunho social de saúde, cultura, esporte, assistência social, em um trabalho integrado. Essa integração é fundamental para estabelecer o pacto social em defesa do estudante e da comunidade educação escolar”, afirma Maria Filomena.
Ela ressalta que a educação pública é um direito e para ele ser efetivo é urgente políticas públicas de combate à violência, que vão além das relativas segurança que também é um direito que, muitas vezes, está sendo negado.

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